sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Um Novo Cântico ao Senhor

OS HINOS COMO MEIO DE LOUVOR, ENSINO E EDIFICAÇÃO DA IGREJA

Depois do estudo da Palavra de Deus, das orações e das ações evangelísticas, o que mais tem a ver com a saúde espiritual de uma igreja é o seu canto congregacional. Cantar em coro fortalece a igreja pela comunhão entre seus membros. Segundo a Enciclopédia Britânica Barsa (vol.4), o canto ocorre em toda a música sacra; seja desacompanhado (à capella), seja com acompanhamento orquestral; e em outros gêneros musicais como, nas óperas. No meio religioso, a Bíblia e a música andam juntos. Por isso o zelo, com o canto em diversos louvores, como, também, com os hinos, de maneira a valorizar sua mensagem musical e sua mensagem textual. As igrejas mais
antigas, ainda, cultivam o hábito quanto a utilização dos hinários.

MAS, O QUE É UM HINÁRIO?

Define-se como hinário um livro que contém um conjunto de hinos, que são poemas musicados, com suas mensagens bíblicas. Atualmente, há diversos hinários. Entre eles, “Hinos de Louvores e Súplicas a Deus”, “Cantor Cristão”, “Hinos e Cânticos”, “Harpa Cristã”; o hinário “Aleluia” usado pela Igreja Presbiteriana Reformada e o hinário “Seja Louvado”. Este último, todavia, foi usado pela Igreja Presbiteriana Unida, na década de 1970. Compositores eruditos como, Félix Mendelssohn, Wolgang Amadeus Mozart e Johann Sebastian Bach, também, contribuíram para a formação dos hinários da nova igreja que surgiu, como resultado da Reforma Protestante de Martinho Lutero. Mesmo com toda essa diversidade musical, entretanto, pode-se notar a existência de hinos em comum entre estes hinários. Só se diferem pelo ritmo, letra e andamentos devido à cultura de cada região. Conforme informações da Barsa (vol.7), nos tempos modernos, principalmente, depois da Revolução Francesa, os hinos, quer como peças instrumentais, quer como corais, passaram a simbolizar os atributos das nacionalidades; dada a importância dessas composições. Hoje, todos os países possuem seu hino ou marcha patriótica oficialmente reconhecida.

Registros históricos da Igreja Presbiteriana do Brasil, revelam que até a chegada do “Novo Cântico” (sem música), o hinário usado pela igreja era o “Salmos e Hinos”. Contudo, por julgarem-no passível de correções, sob o aspecto linguístico e doutrinário, o Supremo Concilio determinou a criação de um hinário que melhor servisse à IPB.

Depois de alguns imprevistos, o Supremo Concílio, em 1977, organizou uma Comissão para elaborar um hinário compatível com a bíblica doutrina presbiteriana, destinada a revisionar letra e música que, inicialmente, ficou sob a responsabilidade da soprano e professora de canto Atenilde Cunha. Em 1986, os trabalhos de revisão ficaram a cargo do musicólogo presbiteriano Ruy Carlos Bizarro Wanderley, pela sua experiência como hinólogo, pesquisador, compositor e regente. Segundo Atenilde Cunha, o hinário, com o nome de Novo Cântico, foi estruturado, visando a sua aplicação dos hinos como meio de Louvor, Ensino e Edificação da igreja, conforme a orientação do apóstolo Paulo aos Efésios (5.19) e Colossenses (3.16).
Wellerson Cassimiro.